A Economia da China Pode Estar Melhorando de Verdade!

A economia da China está começando a mostrar sinais de recuperação, com dados melhores do que o esperado em janeiro e fevereiro.

Embora a atividade econômica ainda esteja meio devagar, muitos indicadores pararam de piorar, segundo os analistas da Goldman Sachs.

Os desafios que a economia chinesa enfrenta incluem uma crise imobiliária, deflação e dificuldades no emprego.

A economia e os mercados da China têm enfrentado dificuldades nos últimos anos por causa de uma grande crise imobiliária e os efeitos da pandemia. Mas parece que as coisas estão mudando.

Os dados da China para os dois primeiros meses deste ano foram melhores do que o esperado, com o crescimento do PIB real acima de 5%, segundo os analistas da Goldman Sachs. Esse número é maior do que a previsão de 4,9% deles.

“A situação mudou bastante no começo de 2025. Apesar de a atividade econômica estar fraca, muitos indicadores estão mostrando que a queda chegou ao fim”, disseram os analistas.

Essa avaliação da Goldman Sachs aconteceu pouco antes do dia 2 de abril, quando a administração do presidente dos EUA deve anunciar novas tarifas reciprocas.

China Pode Estar Melhorando

Mesmo com um aumento considerável nas tarifas dos EUA nos últimos meses, a incerteza entre os traders chineses não aumentou muito, o que pode indicar que o impacto nas investigações internas pode ser menor do que se esperava.

O crescimento do crédito também está acelerando — o que é um bom sinal, pois isso indica que empresas e pessoas estão começando a tomar mais crédito. De acordo com as pesquisas do Goldman Sachs, sinais de estabilidade ou melhorias foram observados em setores chave, incluindo o imobiliário.

Além disso, o mercado de ações teve um bom desempenho, impulsionado pelo setor de tecnologia, especialmente com o sucesso de modelos de IA, e pela reunião do líder chinês, Xi Jinping, com empreendedores do setor privado, o que foi visto como um sinal positivo.

No entanto, muitos fundamentos da economia chinesa ainda não mudaram muito. A atividade industrial e os investimentos em manufatura estão indo bem, mas o setor imobiliário permanece em baixa. A inflação também está muito baixa e o emprego continua sendo uma preocupação, segundo os analistas.

Ainda assim, o governo está tentando ajudar um pouco, criando programas para incentivar compras de novos produtos, mas a recuperação do consumo ainda é lenta, mesmo que haja alguns sinais de melhora.

“Embora não tenha havido uma recuperação significativa no consumo geral, nossos analistas notaram que parece estar se estabilizando”, afirmaram os analistas da Goldman Sachs.

A Lynn Song, economista-chefe da Greater China na ING, comentou que o consumo na China está mostrando um “movimento de recuperação gradual”, com as vendas no varejo superando expectativas no começo do ano, principalmente impulsionadas por produtos de programas de troca, como carros e eletrodomésticos.

Até mesmo a compra de itens que não foram incluídos nos programas de troca começou bem este ano, com crescimentos notáveis em categorias como ouro, joias, cosméticos e roupas.

Esses sinais positivos podem ajudar a criar um ciclo de crescimento mais forte e sustentável nos próximos meses.

“Assim como em 2023 e 2024, onde várias forças negativas se reforçaram, as coisas boas que estão acontecendo no começo de 2025 podem se apoiar e criar um ciclo mais positivo”, afirmaram os analistas. Eles destacam que, se mantido esse ritmo, há espaço para uma recuperação gradual e consistente em diversos setores da economia.

Apesar disso, a maioria dos economistas e analistas é cautelosa em afirmar que a recuperação total da economia chinesa está garantida.

Questões como a guerra comercial dos EUA, a desaceleração global e a crise contínua do setor imobiliário ainda representam riscos significativos e podem minar parte dos avanços conquistados.

Como disseram economistas da Nomura, os dados econômicos da China que parecem melhores do que o esperado “mascaram desafios sérios por trás”, como o alto endividamento das empresas, a confiança ainda frágil dos consumidores e a falta de reformas estruturais mais profundas.

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