Apostando na Fraqueza dos EUA, Mercados Emergentes Bombam!

Com uma galera apostando que os bons tempos estão só começando para os mercados emergentes, a preocupação com a economia dos EUA tá fazendo esses ativos, que sempre sofreram, ficarem ainda mais atraentes.

Os investidores estão prestando atenção nas mudanças. A ideia de que as políticas de tarifas do presidente podem puxar o crescimento americano para baixo tá fazendo a turma correr pra olhar além-fronteiras. Isso levou muitos gestores a investirem em tudo, desde moedas da América Latina até títulos da Europa Oriental.

E o movimento já tá dando resultado, com ações de mercados emergentes em alta, e este trimestre batendo records que não víamos desde 2019. Um dólar mais fraco ajudou as moedas dos países em desenvolvimento a subirem quase 2% este ano, e os títulos locais também estão se valorizando.

“Nos últimos anos, a galera só queria saber de ativos americanos e mercados mais desenvolvidos”, comentou um expert do JPMorgan. “Agora, olhando as avaliações, os mercados emergentes parecem bem em conta.”

Os investidores dos mercados emergentes já passaram por várias decepções nos últimos tempos, já que as ações dos EUA sempre deixaram todo mundo pra trás. Recentemente, os altos rendimentos dos títulos americanos fizeram o pessoal ficar com receio de sair do país e fizeram o dólar subir, deixando as moedas pelo mundo todo nervosas.

A continuação dessa alta depende muito de como a economia dos EUA vai reagir. Uma desaceleração aqui poderia, na verdade, favorecer os mercados emergentes se puxar os rendimentos dos títulos e o dólar pra baixo.

Apostando na Fraqueza dos EUA

Mas, claro, precisamos torcer para que não vire uma crise maior. Muita gente também tá contando com um aumento nos gastos na Europa e mais estímulos na China pra ajudar caso os EUA desacelere.

Os investidores otimistas também destacam que os ativos de várias nações ainda estão baratos. As ações dos países em desenvolvimento estão perto das suas menores avaliações em relação ao S&P 500 desde os anos 80. A entrada de dinheiro em fundos focados ainda não teve uma tendência positiva em 2025, e muitos portfólios ainda têm pouca representação de mercados emergentes depois de anos de desempenho fraco. Isso pode abrir espaço para ações, títulos e moedas crescerem se a tendência realmente mudar.

“A mudança que estamos vendo na confiança em relação aos EUA ainda tem muito chão pela frente”, disseram analistas de um grupo financeiro. “Essa reorganização nos investimentos pode durar uma década, considerando quanto dinheiro global está atolado em ações americanas.”

Fazendo uma busca global

Um especialista em dívida soberana comentou que, nos últimos 15 anos, a galera sempre ficou na expectativa de um cenário onde o crescimento dos EUA desacelera, mas não a ponto de causar um pânico geral.

Apesar disso, ele está investindo nas moedas e títulos de países emergentes da Europa, já que durante anos manteve suas alocações bem abaixo do que era a média do mercado.

“As políticas dessa administração podem ser o maior desafio à supremacia dos EUA que vimos nos últimos 15 anos”, disse o especialista.

Analistas de uma grande empresa de investimentos afirmaram que a América Latina tem destaques positivos, pois a queda nas ações dos EUA tá diminuindo a diferença com o resto do mundo. “Qualquer fraqueza temporária devido a incertezas comerciais” seria uma oportunidade de comprar títulos locais, acrescentaram.

Várias gestoras têm adquirido títulos soberanos da Colômbia e da África do Sul, destacando a maior liquidez e acesso ao mercado. Outros fundos também têm comprado dívida de países como Indonésia, Filipinas e Coreia do Sul.

“A desvalorização do dólar é uma boa notícia para os mercados emergentes”, disse um analista. Ele observou que a diferença de retorno que os investidores exigem para ter dívidas em moeda forte dos mercados emergentes em relação a títulos dos EUA se manteve estável.

A maioria das moedas emergentes se valorizou em relação ao dólar neste ano, com Brasil, Chile e Colômbia como as que mais subiram. Até o peso mexicano, que é super afetado por notícias de tarifas, está atraindo compradores. Ele já subiu 3% este ano, e os fundos têm uma visão bem otimista desde agosto.

O que os especialistas dizem:

“À medida que o valor volta a ser valorizado em relação ao crescimento nas ações, isso pode se refletem nas moedas também, especialmente aquelas que estão baratas e oferecem altos rendimentos reais.”

— Um estrategista do mercado

Claro, muitos fatores podem atrapalhar esses movimentos, incluindo uma economia americana que se mostra mais forte do que o esperado ou tarifas que acabam não sendo tão pesadas. No entanto, alguns investidores estão apostando que o otimismo vai continuar: fundos de ações globais registraram cerca de US$ 43,4 bilhões em novas entradas no decorrer de uma semana, o maior no ano, de acordo com um relatório.

Um gestor de fundos não tá arriscando, mesmo com investimentos em títulos de países como Vietnã e Mongólia, elevou seus fundos em dinheiro para o maior nível desde 2022, só pra garantir caso os EUA voltem com tudo.

Por enquanto, “acreditamos que os mercados emergentes parecem bem promissores”, finalizou.

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